True Blood nem é tudo isso

Ia passar batido, provavelmente não veria nem um único episódio, mas o hype foi tanto que acabei cedendo e comecei a assistir True Blood, pra conferir se a série era tudo aquilo que falavam. E era? Er.... não.

A série que mostra um mundo onde humanos e vampiros tentam viver em sociedade trazia uma premissa interessante pois veríamos uma raça sofrendo preconceitos e os efeitos que isso faz no comportamento das pessoas. Meu interesse se deu por lembrar muito X-Men nesse aspecto com discursos acalorados na televisão e jornais e até agressões de ambos os lados. Juntando a isso tinha a gracinha da Anna Paquim (Vampira de X-Men) como protagonista e a ousadia e qualidade dignas da HBO.

O universo de True Blood é bem interessante. Os aspectos mais bacanas como o preconceito e mundo dos vampiros abrem espaço para subtramas esdrúxulas que não levaram a lugar nenhum. Ou as confusões do Jason foram realmente interessantes? Ao invés de contar isso poderia ter sido mostrado mais das desavenças entre humanos e vampiros, pois se engana quem pensa que os humanos são vítimas nessa história. Não há bandidos nem mocinhos.

Claro que a série não é um lixo. Diversas referências a Anne Rice ou ao RPG Vampiro, a Máscara davam um gás no misticismo e encantamento das fascinantes criaturas. Até fiz vista grossa pra os efeitos especiais bizarros para os poderes deles e para aqueles dentinhos esquisitos que saíam no lugar errado. Anna Paquim também não fez feio, tanto que levou o Emmy ano passado, mas seu sotaquezinho é irritante.

True Blood é legal. Legalzinho. Terminava um episódio e ficava semanas até ver o próximo. Não fazia falta. O hype fez mal. Na segunda temporada assistirei com menos exigência e talvez assim eu curta mais. E sim, True Blood é melhor do que Crepúsculo. Rá!