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01 setembro 2010

A Origem é imperdível


Hype é uma coisa complicada e difícil de ser contida as vezes. Pode tanto preparar o terreno para uma experiência incrível ou estragar completamente a apreciação de algo que não necessariamente é ruim, mas que acaba ficando se for "inferior" ao que o espectador está imaginando. Porém, depois do estrondoso sucesso de Batman - O Cavaleiro das Trevas ficou difícil resistir a tentação de ver o que Christopher Nolan iria aprontar dessa vez. Eis que dois anos depois o diretor volta aos holofotes com A Origem que, depois da ansiedade provocada pelo filme do Morcegão, ainda teve a produção cercado de mistérios até poucos meses antes da estreia, quando finalmente começaram a ser liberados sinopse, trailers e etc.

No filme vemos Leonardo DiCaprio como Cobbi, um agente especializado em roubar segredos das pessoas usando uma técnica ousada, perigosa e proibida; a infiltração em sonhos, o momento em que a mente de seus alvos se encontra mais vulnerável. Porém, após um misterioso incidente no passado, que o fez ser banido dos EUA, sua misteriosa mulher aparece constantemente dentro dos sonhos atrapalhando suas missões. A trama começa exatamente no ponto em que Cobbi é contratado para fazer o inverso; ao invés de roubar uma informação, ele deveria implantar uma nova na mente de um poderoso herdeiro.

E é com essa premissa bastante original, e que muitas vezes me lembrou Matrix, que A Origem começa. Nolan utiliza da mesmíssima edição frenética, também presente em Batman e que me incomoda profundamente, em que as falas são entrecortadas com entre a cena corrente e a seguinte e um cenário muda de um para o outro, as vezes, de uma modo tão abrupto, que é fácil se perder. Junte a isso um roteiro cheio de reviravoltas, inclusão de personagens e tramas paralelas, e você terá um filme que pode ser facilmente confuso se o espectador não prestar a atenção.

Mesmo que você não desgrude os olhos da tela, como eu fiz, algumas coisas acabam não fazendo muito sentido. As vezes é difícil entender certas atitudes e motivações dos personagens, ou como eles chegaram a determinada ideia, e apesar da trama ser cheia de ramificações, a história como um todo é simples. No final eu fiquei com a sensação de que todo aquele circo só serviu como uma grande sessão de terapia.

Na parte técnica, a Origem é simplesmente impecável. O filme é recheado de cenas impressionantes, com um grande destaque para toda a parte sem gravidade, onde Joseph Gordon Levitt comanda uma luta espetacular no corredor! Sério, eu fiquei horas depois da sessão tentando imaginar como foram feitas aquelas cenas. Fora isso cada cena é magistralmente enquadrada, com planos longos, belíssimos, um banho aos olhos proporcionados por uma fotografia excepcional. E o melhor de tudo, efeitos especiais que são reais, críveis, e não um show tosco de cgi.

Nolan é um artista incrível; consegue dar conteúdo de qualidade ao cinema blockbuster e fazer o seu cinema autoral para as grandes massas. Apesar de dividir opniões entre os que amaram e os que acharam uma porcaria, creio que todos concordarão que o filme é imperdível, o Avatar de 2010. Nolan só precisa acertar pequenos pontos em sua estrutura narrativa para que marque de vez seu nome em Hollywood. Ou não. Vai ver isso é a sua marca, assim como todos os grandes mestres do cinema sempre têm.

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2 comentários:

Unknown disse...

Também achei parecido com Matrix as vezes. Gostei do filme : )

Anônimo disse...

melhor filme que eu ja vi na vida *O*