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04 junho 2010

Made in Japan #02 - NANA




Por Pato

E aí, gente, prontos pra mais um round? Pode parecer meio repetitivo, mas para a segunda edição da coluna, resolvi falar de outro mangá. Mas não se preocupem, prometo variar o conteúdo com notícias, live actions, animes e mais uma montanha de coisas ligadas ao mundo pop do Japão.

Então, que tal falar do mangá shoujo mais vendido do mundo? NANA!

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Um dos títulos mais famosos de Ai Yazawa, NANA fez tanto sucesso que não se limita mais apenas ao mangá: a história ganhou dois filmes live action, um anime e dois CD-Tributo, com diversos artistas homenageando as duas bandas do mangá. Mas o que levou a tamanho sucesso?

Não se pode falar de NANA sem antes falar de sua autora. Ai Yazawa começou a se tornar um nome conhecido no mundo dos mangás graças ao seu estilo com traços alongados e finos e um gosto único por moda (explicado pelo fato dela mesma ter estudado moda), marcante em Gokinjo Monogatari e depois culminando em Paradise Kiss. Essa última foi inclusive editada numa revista de moda e sua versão em anime teve Franz Ferdinand na trilha sonora!

A série conta a história de duas jovens chamadas Nana Oosaki e Nana Komatsu. Enquanto a primeira é uma punk com uma banda com um passado trágico, esforçada e durona, a segunda é uma patricinha que facilmente se apaixona, esperançosa, sempre ferindo seus sentimentos, além de ter bom-coração. Enquanto Oosaki quer fazer sucesso com sua banda BLAST, em Tóquio, Komatsu quer ter uma vida de contos-de-fadas com seu namorado.

E a história realmente começa quando as duas se conhecem num trem para Tóquio e acabam ficando amigas, mas acabam nem trocando telefone. Por um golpe do destino, ao procurar por uma moradia barata, ambas vão parar no mesmo apartamento, e Komatsu convence Oosaki a dividirem o apê. Daí por diante, a vida das duas vai se entrelaçar, gerando grandes alegrias e terríveis tragédias.


Se a trama criada por Yazawa é tão atraente, é principalmente por causa de seus personagens. Mesmo sendo pessoas comuns, cada um tem suas peculiaridades e charmes. Um exemplo disso é Yasu, o baterista do BLAST. Apesar de seu visual ameaçador, ele tem bom coração, sempre ajudando e guiando seus amigos, mesmo sendo um estudante de Direito! Até os personagens menos importantes do mangá tem seus atrativos podendo levá-lo para seu “mundinho pessoal” sem você perceber.

O meio em que vive é bem realista também: apesar do mangá tratar do mundo da música, ele é tratado sem glamour, mostrando que até as bandas famosas sofrem com a tirania de suas gravadoras e quando um dos personagens dá uma mancada sem tamanho... bom, ele arca com as consequências. E cada ato tem impacto ainda maior no leitor, que pode se espantar (ou mesmo ficar chocado) com as ações dos personagens, e a que eventos elas levam.

Se NANA é diferente de tudo o que é publicado frequentemente no Brasil em termos de shoujo mangá? Sim, é e é por isso que vale a pena ler. E agora é o momento perfeito, já que a edição brasileira está a um passo de alcançar a japonesa (nós estamos na edição 20, e eles na 21). Se você quer ler algo novo e gosta do mundo sem ser descrito como um grande conto de fadas (mas mesmo assim com uma promessa de final feliz), leia NANA!

1 comentários:

Constanza Barros disse...

Estou assintindo o anime e estou gostando muito. Pena que pouca gente conhece