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10 agosto 2009

O que esperar de Batman: Arkham Asylum?

Por Guilherme Costa


Se você é fã de Batman, gosta de videogames e não morou numa caverna sem wi-fi e notebook pelos últimos 3 meses, você já deve saber que Batman: Arkham Asylum está quase pronto para o lançamento no final de agosto (mais precisamente dia 25 para PS3, XBOX, e dia 15 de setembro para PC). E como jogador das antigas que sou e sabendo do retrospecto do Homem-Morcego nos games, já coloquei o pé atrás. Ou melhor, os dois, e virados pra saída.

Mas preciso dizer que o demo que joguei me surpreendeu e muito. Quando ouvi falar deste jogo da primeira vez, e assim que vi um dos primeiros vídeos, logo imaginei que seria uma espécie de “Final Fight” 3D, com o alter-ego do Sr. Wayne no papel principal. E essa idéia foi mantida lá no início do desenvolvimento do game, quando as informações eram escassas e confusas. Os vídeos de gameplay em fase de produção se limitavam às seções de pancadaria (que vou explicar o porquê mais adiante), e isso não despertou a minha curiosidade. Mas depois, com o avanço da produção, novas notícias iam surgindo e me deixavam bem curioso. No jogo, pretendem resgatar uma face quase oculta do Morcego nos filmes que conhecemos (sendo que parei de ler as comics desde que o Robin morreu...) a qual Bruce Wayne coloca a sua mente brilhante à serviço do Batman e o seu lado detetive volta com muito mais ênfase, mas sem cair no lado CSI: Gotham... Na minha opinião, isso já é motivo mais do que suficiente para prestar mais atenção ao jogo e esperar ansiosamente por algum demo.

E então a demo chegou. Lançada recentemente na PSN, pude jogar o início do jogo e ter uma boa noção do que será o game.

Primeiramente, preciso dizer que, embora um visual não faça um jogo ser necessariamente bom, os gráficos deste game estão quase perfeitos. Detalhes, feições, ações, tudo parece sólido e convincente. Dá pra você ver a fibra da roupa dos personagens, tamanho a preocupação com os detalhes. O Coringa está muito bem dublado, por ninguém menos do que Mark Hamill (N.E.: Não sabe quem é Mark Hamill?? SHAME ON YOU!!!!) e o ator consegue imprimir uma personalidade sádica ao antagonista principal do jogo. Muito embora na minha cabeça o melhor Coringa de todos os tempos é o Heath Ledger, de O Cavaleiro das Trevas. Pronto, falei.

Quanto à jogabilidade, tudo está bastante fluido e fácil de se adaptar. A utilização dos Bat-apetrechos é intuitiva e o grapple-hook é muito bem vindo e necessário nesse game. Não tem essa de “Abre menu, seleciona item, fecha menu, lembra pra que você queria o item, usa o item, continua o jogo” . Quase tudo está acessível à um botão, especialmente o bat-gancho. Você finalmente pode aterrorizar os seus inimigos, seja se escondendo nas sombras das cabeças de gárgulas ao redor do asilo Arkham e esperando o momento exato para voar num inimigo; seja se pendurando nas vigas do teto e fazendo o famoso “inverted takedown” nos desavisados.

Quando a estratégia dá errado, e é preciso resolver as coisas à moda antiga, entra em ação o FreeFlow Dynamic Combat System. Lembra que eu falei que os vídeos iniciais se limitavam à pancadaria? A Eidos explica: na verdade, uma nova engine de combate foi criada para esse jogo, onde os golpes que Batman desfere são seqüenciais e não ficam restritos ao inimigo mais próximo. Está cercado de inimigos? Comece um combo e segure o direcional para o lado e o Homem-Morcego vai distribuir (literalmente) socos e pontapés para os lacaios do Coringa, sem que você se sinta preso à um inimigo somente, tendo que terminar o combo neste para começar a bater em outro. Além disso, várias técnicas marciais foram incorporadas ao combate e as partes de luta dificilmente ficam repetitivas. Há ainda outro detalhe muito bem vindo que é um sistema de Close-up durante os golpes finais de cada luta, sem que isso atrapalhe a sua visão geral do combate. A câmera fica levemente em Slow-motion. Por exemplo: Batman “finaliza” o oponente e a câmera volta as suas atenções ao próximo coitado na fila pra apanhar.

Sem mencionar o sistema “Detective Mode”, onde Batman liga uma espécie de visão em raio x pela sua máscara e consegue obter mais detalhes dos inimigos, planos de fuga, sistemas de ventilação e até situação nervosa dos inimigos. E ainda pode contar com a Oráculo para mais informações sobre seus inimigos ou situação externa ao Asilo.

Acredito que a Eidos está no caminho certo para lançar um dos melhores jogos baseados em super-heróis, ao utilizar cenários, inimigos e características já conhecidas do público. Não quiseram inventar nada de novo, apenas dar um novo foco ao Homem-Morcego, e usaram influências já disponibilizadas pelas melhores histórias já publicadas. Tá certo, Lego Batman é muito divertido, mas esse leva em consideração aspectos mais maduros das publicações. A impressão que dá é que o Asilo Arkham saiu de Racoon City, dado o seu clima sombrio e atmosfera de surpresa. Resta saber se o grande público vai gostar. Eu, particularmente, mudei de idéia, e quero esse jogo!

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