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23 março 2009

A emoção de assistir a um show do Iron Maiden


Eu não gosto de São Paulo. Desculpem amigos paulistas mas nutro uma antipatia por sua terra sem nunca tê-la visitado. E essa aversão só aumentou ano passado quando rolou a Exposição Star Wars e o show do Iron Maiden. Até cogitei ir mesmo assim, mas as circunstâncias venceram. A exposição qualquer dia rola de novo, agora QUANDO eu conseguiria ver a minha banda favorita? Nossa, fiquei tenso, os caras já são coroas, não sabemos até quando eles estarão ai tocando...

Mas imagina a minha felicidade quando eu soube que eles iriam fazer CINCO SHOWS, um deles no aqui no Rio! Na boa, faleci na hora. Deixar de ir não estava nos meus planos.

Em Janeiro comprei meu ingresso pra pista Premium felizão. Foi facada, mas oportunidades como essa não surgem todo dia, né? Cheguei em casa e guardei aquele frágil e caro pedaço de papel dentro do meu Harry Potter e a Pedra Filosofal. Olhei pra ele com a mesma paixão que Gollum olha para o Um Anel. "My preeeeciouussss!", dia 14/3 seria o grande dia!

O tempo passou rápido. Evitei pensar muito para que a ansiedade não tomasse conta de mim e Março só demorasse mais ainda a chegar. Veio o carnaval, sem grana por causa do ingresso, pra todos eu só dizia "meu carnaval será em Março" e eis que num piscar de olhos ele chegou.

No grande dia tive que ir pro curso de inglês (não ia faltar porque pago muito caro) e logo depois fui comprar algumas coisas pra levar. Fernando, o Capitão (ocasional colaborador aqui do blog) já estava na fila desde às 10h da manhã e me ligava constantemente pra eu ir logo. Me arrumei rápido e parti pra Apoteose, centro do Rio.

Chegando lá foi tenso encontrar o Fernando com a fila imensa que estava. Usando minhas técnias jedi fui furtivamente costurando a fila até encontrar o dito cujo. A espera foi o pior. A hora que não passa, os portões que não se abrem, as conversas que se repetem e nada. Até que por volta de 17h30 (meia hora de atraso) a porteira é aberta e a boiada trajada de preto invade a Apoteose com fúria nos olhos. Uma rápida passada no banheiro e lá vamos nós escolher um lugar. Perfeito, 10 metros do palco! Longe o suficiente da massa insana que fica se espremendo na grade e perto o suficiente pra ver os caras.

Ai é aquela espera agoniante onde você tenta encontrar alguma coisa para se distrair. Não dá. As três horas se tornam dez e o relógio demora 1 hora pra passar cada minuto. A chuva cai, a chuva cessa e nada de 21h30 chegar.

20h20! As luzes se apagam e surge no palco Lauren Harris, filha do baixista Steve, pra abrir o show. Cantando um rock rasgado, barulhento e muito pouco compreensivo a guria deixa muito a desejar. Pra compensar a voz fraca ela abusa de performances "rock´n roll", corre de um lado pro outro, gesticula, mostra os dedos e em alguns momentos exagera tanto que até parece um siri. Pelo menos ela tem um rosto bonitinho e é melhor ouvir isso do que ser surdo, né?


Graças ao bom Ed a apresentação da moçoila não durou muito e logo ela e seus guitarristas esquisitos (um deles só sabia apontar e o outro parecia que tinha saído do Village People) vão embora deixando o público eufórico pelo início iminente do tão aguardado espetáculo.

As luzes novamente se apagam e no telão é exibido o trailer do documentário Flight 666. Pronto, a galera grita freneticamente! Eu tentei inutilmente deixar um olho no telão e outro no palco.

Eis que como se fosse um trovão o Iron Maiden surge em meio a explosões e gritos insandecidos! Os primeiros acordes de Aces High invadem nossos cérebros e todo mundo grita alucinado, numa vibe que é impossível descrever. Meus olhos não acreditam que o sexteto está realmente ali, aqueles caras que eu já cansei de ver em fotos e vídeos, ali, em carne-e-osso! Dave, Adrian, Steve, Bruce, Nico e Janick. Estão todos lá!

A explosão da galera é tão intensa que o ar começa a faltar e o calor se torna insuportável. Paro um pouco, respiro e logo volto a cantar com eles! Bruce começa "Wrathchild" sem dar chance pra gente descansar! Cada música, cada acorde, cada batucada se mistura numa forma perfeita. É difícil acreditar que eu to realmente lá, nesse momento único e especial. O grande problema eram meus óculos que embaçavam toda hora por causa do calor. Ódio.

Um dos momentos que eu mais esperava era ouvir Bruce gritar "Scream for me Rio de Janeiro!" e vou te dizer que nessa hora a ficha caiu. Eu estava no show da minha banda favorita!!!


Assim, eu sou um grande fã do Iron mas nunca ouvi todos os cd´s deles e nem conheço todas as músicas. Eu simplesmente gosto muito e assim já me considero fã. Qual o problema? Os puristas que se danem. Por exemplo "Children of the Damned" e "Phantom of the Opera" são duas que eu acredito nunca ter ouvido e foram o momento mais calminho do show. Deu pra relaxar.

Mas em seguida "The Trooper" fez a galera vibrar! Outro grande momento foi "Run to the Hills" que é uma de minhas músicas favoritas. Cantei alto. O calor se torna insuportável, isso sem falar da sede. Eis que passa um carinha vendendo água por 5 reais! Veja você como não somos nada: só mesmo estando com muita sede pra pagar 5 reais num copinho de água quente, ainda por cima.

"Iron Maiden" literalmente incendiou o palco! Labaredas surgiram em torno deles e de onde eu estava dava pra sentir o calor das chamas. Com o fim da música uma escuridão caiu sobre a Apoteose e eu achei que o show ia acabar ali. Doce engano.

Dois olhos rubros surgem no palco tomado pela escuridão e os primeiros acordes de "The Number of the Beast" ecoam! Mesmo cansado "The Evil That Men Do" me deixou alucinado também!

Numa das pausas de "Sanctuary" a platéia começou a clamar o nome do "Bruce". Foi incrível! Assim que o pessoal começou a se acalmar eu puxei o coro: "Harris, Harris, Harris!". E assim até todos os integrantes serem justamente homenageados.

No fim Nico chega até o fim do palco e joga uma espécie de abafador de bateria autografado. O disquinho faz uma curva e vem parar nas mãos desse que vos escreve! Sim, eu peguei! Com o autógrafo do Nico e do Janick! Uma relíquia que vai me lembrar do show pra sempre. Não que eu fosse esquecer.

E tão repentinamente quanto vieram eles partiram, e dali só sobrou a lembrança que vai ficar na memória por muito tempo.

Bruce prometeu que eles voltam em 2011 com a nova turnê. Preciso dizer que estarei lá?

ò_ó \m/

Natália, eu com cara de idiota enquanto falava e Fernando, o Capitão e herói da nação!

3 comentários:

Anônimo disse...

Simplesmente perfeito. Conseguiu descrever tudo, e mesmo assim ainda fica algo indescritível. É surreal!!!

Unknown disse...

bom q vc gostou kra! pareceu ter sido realmene bom! :) vai no show do kiss tb? :P

Anônimo disse...

fico meio besta de vc num conhecer Children of the Damned sinto muito mas acho que vc num pode se qualificar fã é por pessoas como vc que o iron e muitas outras bandas viram moda! pq ouven 2 3 musicas e já se acham oa "metaleiros" !