Bolt

Eu adoro animação. Sério, é uma das coisas que mesmo quando eu tiver uns 50 anos eu ainda vou assistir e adorar (junto dos meus netos, talvez). Mesmo assim são poucos os longas animados que me chamam a atenção. Eu assisto os da Pixar sempre pois são uma aula de como contar uma história e fazer cinema. Mas desenhos animados da Disney eu só curtia mesmo os tradicionais, em 2D (em 3D eu não me lembro de ter visto nada até hoje). Mas Bolt por algum motivo chamou minha atenção e lá fui eu assistir na sessão das 22h do último domingo.

O filme conta a história do cãozinho Bolt que estrela ao lado de sua dona uma série de tv. Nela, ele é um supercão com incríveis poderes que usa pra lutar contra o mal. O caso é que pra dar mais veracidade a atuação os produtores armam um circo pra que o animal realmente acredite que tudo aquilo é real. E claro que isso causa muitas problemas quando Bolt se perde de Penny e tem que encontrar o caminho de casa.

O roteiro já é aquela coisa mega manjada (até pra criançada): o protagonista descobre que existe muito mais do que aquele mundo que ele vive, aprende os verdadeiros valores da vida, faz amiguinhos, etc. Nada novo. Mas mesmo você sabendo exatamente o que vai acontecer o filme é divertido. Tem umas piadinhas muito boas (os pombos são um show a parte) mas no geral o filme poderia ser mais engraçado.

O cãozinho Bolt é um protagonista comum demais, não possui nada marcante e só é bastante carismático por causa do seu desenho e da animação fiéis as de um cão. A gata e o hamster são mais bacanas que ele.

No final Bolt é um longa que até pode divertir a molecada mas que facilmente será esquecida. Não possui nada de marcante mas no final aquele gostinho de sequência, apesar de não ter muito a ver. Falta diferencial. Acho que o filme teria mais graça se fosse feito em desenho tradicional e não em computação gráfica.