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11 junho 2008

O sinistro final de Death Note


Quem é que gosta de despedidas, né? Eu não, e menos ainda se for de uma mangá tão f*da quanto Death Note. A última edição, que chegou essa semana nas bancas, encerrou com maestria um dos mangás mais cultuados em todo o mundo. E eu fui muito ninja em conseguir me esquivar de todos os spoilers (e amigos) que ameaçaram estragar meu prazer. Mas vamos falar de DN que é pra isso que esse post tá aqui.

Eu comecei a ler Death Note depois de tanto burburinho e recomendações que fizeram em torno dele, mas já na primeira edição fui dominado pela trama insana misturando investigação policial com elementos sobrenaturais. Era exatamente tudo que eu queria ler. Sério, tô cansado de mangás com pessoas que querem ser qualquer-coisa melhor do mundo ou qualquer outra bitolagem infantilóide; o desejo agora é de ler coisas mais "adultas", mais sérias. A partir dai foi aquela coisa, né? Todo mês visitando a banca de jornal a procura de uma nova edição com a mesma vontade que Ryuk deseja uma maça (e ficando bem irado com os atrasos da JBC).

A última edição me deixou sem folêgo o tempo todo. Eu lia tentando esconder a página seguinte que meus olhos insistiam em espiar. Confesso que depois de 11 edições cabulosas eu esperava um final mais original, mas mesmo assim fiquei de boca aberta com a conclusão da história. O volume foi bem pesado e até me senti um pouco mal quando terminei de ler. As justificativas de Light para suas atitudes ficaram ecoando na minha cabeça por horas, talvez porque concordo com muito coisa dita; mas não acho que um "mundo melhor" possa ser pavimentado com cadáveres, tá? Apesar de tudo não deixei de sentir pena do desespero de não ter mais ninguém para usar e saber que vai morrer em alguns segundos. Tudo muito bem retratado por um inspirado Obata de uma maneira tão intensa e verossímil que pareceu anormalmente real! Pra fechar com chave de ouro, a procissão com os fiéis liderados por Misa orando por Kira mostrou que não ouve um vencedor nem um perdedor. Light pode ter morrido mas a "doutrina" de Kira continuará vivendo pra sempre dentro daquelas pessoas.

Death Note é aquele tipo de mangá que você nunca vai esquecer. Uma trama completamente original tecida sobre um roteiro impecável e cuidadosamente escrito por Tsugumi Ohba. Junte a isso a arte e narrativas soberbas de Takeshi Obata que te deixam colados em cada página e você tem um dos melhores títulos já publicados aqui. Vai deixar saudades.


Top 5 - Momentos de tirar o fôlego

- Light usa o Death Note no ônibus para descobrir a identidade de Raye Penber;
(Cap. 7 - edição 1)

- Light e L se vêem pela primeira vez durante a prova do vestibular;
(Cap. 18 - edição 3)

- Higuchi é capturado e Light recobra as memórias do Death Note;
(Cap. 53 e 54 - Ed. 7)

- L e Watari são assassinados por Rem;
(Cap. 58 - edição 7)

- Light é desmascarado por Near e assassinado por Ryuk;
(Ed. 12)

Obs.: Inclua nessa lista todas as cenas de Misa, tá? XD

* * *

E ai, o que vocês acharam? Faltou algum ítem na lista? Comentem! ò_ó/

2 comentários:

Anônimo disse...

Ricardo, meu amigo. Acabei de ler o número 11 hoje de manhã. Te invejo por ter resistido à tentação de saber o final, coisa que eu não consegui.

Mas, mesmo assim, fiquei matutando o final da série durante todo o dia, principalmente a procissão, pois carrega um conceito muito forte sobre os objetivos de Kira e o que realmente era melhor ou pior para a humanidade.

Mas é certo que Light estava completamente louco - e isso eu já notei desde o começo da série. Também dá pra perceber que, se num primeiro momento, o ideal dele era contruir um mundo novo e melhor, a partir do aparecimento de L, isso se torna apenas um conflito de egos e a causa se perde (talvez, por isso, L tenha "perdido").

Uma coisa curiosa é que, quando ele abdica do direito de propriedade do caderno, Light se torna... o L! Eles ficam completamente idênticos, tanto na inteligência quanto na personalidade, dignidade e noções de certo/errado. No momento em que Light toca no caderno e se lembra de tudo, ele volta a ser a pessoa sem escrúpulos que era antes. A partir disso, dá pra entender porque Ryuk disse que os donos dos Death Notes costumam ter uma vida de sofrimento. E, pelo final de Light, acho que é proporcinal ao uso do Death Note. O carderno é uma maldição para todos os que o usam e quem está a sua volta.

Ok, escrevi muito. @_@
Death Note dá muito pano pra manga, uhauhauhauha!

Joyce Torres disse...

eu... quero... leeeer XD