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25 julho 2007

Transformers


"Se os robôs não fossem tão legais você ficaria triste pelo dinheiro gasto no ingresso"

Pegue personagens consagrados com um visual incrível, junte com um diretor expert em criar destruição e catástrofes. Adicione um cineasta consagrado como produtor executivo e um punhado de efeitos especiais pra finalizar. Pronto. Aí está a receita para um excelente filme caça-níqueis. Mas filme caça níqueis é sinônimo de filme bom? Nem sempre.

Transformers estreou no último dia 20 aqui no Brasil com a difícil tarefa de bater Harry Potter e a Ordem da Fênix na bilheteria. Com direção de Michael Bay (Armageddon e Pearl Harbor) e produção executiva de Steven Spielberg, o filme vem fazendo um enorme sucesso lá fazendo o bolso dos produtores tilintar. Bay já afirmou que só pensa na quase certa sequência do filme, e que só depende de um "sim" da Paramount.

Mas voltemos ao primeiro filme que é isso que interessa. Transformers conta a batalha dos Autobots (liderados por Optmus Prime) e os malignos Decepticons (liderados por Megatron) em busca do mineral All Spark, responsável por dar vida as máquinas. Os Decepticons o querem para transformar todas as máquinas e criar um exército para exterminar a raça humana e assim dominar o planeta Terra e posterior o Universo. Cybertron, o antigo planeta natal dos Autobots e dos Decepticons, foi destruído após inúmeras guerras entre ambos. Pra piorar o tal do All Spark está perdido na Terra e o único que tem meios para encontrá-lo é o jovem Sam Witwicky, apesar dele mesmo não saber disso.

De cara Transformers é um filme que impressiona, isso claro por causa dos robôs. Os Autobots e os Decepticons são tão detalhadamente bem construídos e animados que surpreendem de tão reais! As transformações de veículos em robôs é muito bacana. A computação gráfica, criada pela Industrial Light & Magic (empresa de George Lucas), é simplesmente perfeita. Acrescente à isso a dublagem perfeita com boas atuações e vozes com um tratamento especial para ganharem um tom "metalizado" (vale destacar o trabalho do ator Hugo Weaving, o Agente Smith de Matrix, dublando o terrível Megatron). Por falar nele, o sádico líder dos Decepticons é o transformer que mais causa furor na tela com sua transformação em jato e seu design mortal. É fato que novamente os bonequinhos transformistas (sem trocadilhos, por favor) vão lotar novamente as prateleiras das lojas de brinquedinhos. E não só de bonequinhos fatura a produção já que no filme pipocam propagandas de marcas famosos por todo lado, a maioria delas são marcas de carro, é claro.

Os personagens humanos acreditem, são o principal problema do filme. Os produtores os colocaram quase como protagonistas deixando os transformers como meros coadjuvantes. Todo o filme é mostrado do ponto deles, incluindo a luta final que é mostrada com a câmera filmando de baixo pra cima. Acaba que os Autobots e os Decepticons não mostram todo o seu poder já que a maioria das vezes está sendo dado destaque a um personagem humano. Junto a isso há vários vícios de Michael Bay: humanos dando uma de heróis, casais em meio ao caos, soldados que só pensam em voltar pra família, políticos durões..., tá tudo lá, tudo que ele gosta de colocar em seus filmes. Felizmente tudo está um pouco mais suavizado devido a participação de Spielberg e ausência de Jerry Bruckheimer, acho eu, que é outro que adora essas coisas.

Pra piorar a câmera parece que está sendo operada por alguém com Mal de Parkinson de tanto que treme. Os cortes são tão rápidos que fica difícil entender o que tá acontecendo. Também as constantes trocas de cenas chegam a irritar em alguns momentos; quando você pensa que vai ser mostrado mais dos robôs ou vai acontecer um trecho bacanudo de ação a cena é cortada para mostrar um monte de falatório entendiante. Um personagem que faz isso com notável maestria é o irritante Secretário de Defesa John Keller, interpretado por John Voight. Quando não são falas com incrível poder sonífero corta-se para uma cena com alguma piadinha boba, e isso o filme tem de montão. Chega certo ponto que você até pensa que o gênero de Transformers é comédia porque todo momento tem que ser feito um gracejo. O personagem Glen Whitmanndo (Anthony Anderson) é um que só aparece pra falar bobagem sem acrescentar nada a trama. Tirando o protagonista Sam, parece que a maioria dos personagens está ali só pra ocupar espaço. Mikaela Banes (Megan Fox) só tem dois propósitos na trama: 1-formar par romântico com Sam para manter o estilão Michael Bay, que falei acima; e 2-ser colírio pra marmanjada.

Se você for no cinema esperando ver os transformers mostrando todo o seu poder, assim como eu, pode tirar seu cavalinho da chuva. Transformers demora a engrenar e antes disso os diálogos e as piadinhas sem noção testam sua paciência. Se os robôs não fossem tão legais você ficaria triste pelo dinheiro gasto no ingresso.



G1 "A trama é longa e boba"
O Globo "Uma overdose de efeitos especiais de tirar o fogo. E a paciência"
O Estado de S. Paulo "Para a nostálgica geração 80, o filme é um prato cheio"
New York Times “Um filme barulhento e sem sentido”
Washington Post “Uma experiência maravilhosa e divertida”
Los Angeles Times “A trama é tediosa e sem vida”
Wall Street Journal “São duas horas de perseguições e acidentes de carro, com seqüências extraordinárias de animação”
Boston Globe “Em parte, impressionante, em parte um filme de brinquedos fútil e caça-níqueis”

Fontes: IMDB e blog Estréias

2 comentários:

Anônimo disse...

O FILME É ÓTIMO, DE TIRAR O FOLEGO E CUMPRE O PROPÓSITO AO QUAL SE PROPÕE - FILME DE CARROS QUE SE TRANSFORMAM E TENTAM SALVAR A TERRA!!! EEE NA TERRA TEM CASAL, TEM MULHER FÚTIL, TEM GENTE CHATA E SEM DÚVIDA TEM POLITICOS QUERENDO CONTROLAR A SITUAÇÃO......
TIRANDO TUDO QUE FOI DITO QUE MICHAEL BAY TEM DE VICIO O QUE VOCÊ PROPORIA COLOCAR NO LUGAR???

Anônimo disse...

Eu achei o filme muito legal, tirando algumas coisas que realmente eram desnecessárias como por exemplo aquele hacker insuportável q falava coisas inúteis e que na verdade a presença dele era dispensável não ia fazer falta nenhuma(detalhe para uma coisa o computador dele era super foda né?!?!?!tinha o programa q podia traduzir a linguagem dos robôs).E outra coisa que eu tenho que concordar com vc Ricardo as piadinhas que eram super chatas que na minha opinião o filme seria muito mais interessante sem elas....é claro q nem todas..uma ou duas até foram engraçadas..mas o tempo todo enjoa!!!
Tirando esses dois detalhes pra mim o filme foi d+...as cenas de ação foram super fodaaaaaaa!!!!!e é claro os carros se transformando foi um show a parte!!!!